Trepe minha língua
Qual um molusco faminto,
Pelas encostas escarpadas
Das suas coxas.
Demorando minhas mãos
Aranhas trabalhosas,
Na curva cinital
Das suas ancas.
Levante minha boca naufraga.
Para a jangada tremida
Das suas mamas,
E andar sem tempo,
Sem urgência alguma,
pelo território fértil
Do seu ventre.
E assim morrer de a pouco,
Extinto exausto.
Para aquela morte.
Pequeno brinquedo.