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11/09/2022

PEQUENA MORTE (Daniel Tomás Quintana)


Trepe minha língua
Qual um molusco faminto,
Pelas encostas escarpadas
Das suas coxas.
Demorando minhas mãos
Aranhas trabalhosas,
Na curva cinital
Das suas ancas.
Levante minha boca naufraga.
Para a jangada tremida
Das suas mamas,
E andar sem tempo,
Sem urgência alguma,
pelo território fértil
Do seu ventre.
E assim morrer de a pouco,
Extinto exausto.
Para aquela morte.
Pequeno brinquedo.