O blogue tem a proposta de divulgar e valorizar a poesia universal sempre com ilustrações que procuram enaltecer a beleza feminina e respeitando sempre os autores das obras aqui postadas. "O único jeito de suportar a existência é mergulhar na literatura como numa orgia perpétua". ( Gustave Flaubert )
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setembro 13, 2022
setembro 11, 2022
COMO SE FOSSE A PRIMAVERA (Pablo Milanés & Chico Buarque )
COMO SE FOSSE A PRIMAVERA
(Pablo Milanés & Chico Buarque)
De que calada maneira
Você chega assim sorrindo
Como se fosse a primavera
Eu morrendo
E de que modo sutil
Me derramou na camisa
Todas as flores de abril.
Quem lhe disse que eu era
Riso sempre e nunca pranto?
Como se fosse a primavera
Não sou tanto
No entanto, que espiritual
Você me dar uma rosa
De seu rosal principal.
De que calada maneira
Você chega assim sorrindo
Como se fosse a primavera
Eu morrendo
RONDÓ DA LIBERDADE (Carlos Marighella)
RONDÓ DA LIBERDADE
(Carlos Marighella)
(Carlos Marighella)
É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.
Há os que têm vocação para escravo,
mas há os escravos que se revoltam contra a escravidão.
Não ficar de joelhos,
que não é racional renunciar a ser livre.
Mesmo os escravos por vocação
devem ser obrigados a ser livres,
quando as algemas forem quebradas.
É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.
O homem deve ser livre.
O amor é que não se detém ante nenhum obstáculo,
e pode mesmo existir quando não se é livre.
E no entanto ele é em si mesmo
a expressão mais elevada do que houver de mais livre
em todas as gamas do humano sentimento.
É preciso não ter medo,
SE EU FOSSE UM HOMEM (Regine Limaverde)
SE EU FOSSE UM HOMEM (Regine Limaverde)
Se eu fosse um homem
beijaria minha mulher
cada vez que a minha lança
nela se escondesse,
para lhe contar da explosão
quando tudo acontecesse.
Se eu fosse um homem
o ventre da minha fêmea
seria um regaço,
e os seus seios
fonte que me saciaria a fome,
leite que me sufocaria anseios.
Se eu fosse um homem,
pela mulher me tornaria rei
e, a cada luta que por ela
entrasse, teria uma faca e espada
para cravar no peito dos inimigos
PEQUENA MORTE (Daniel Tomás Quintana)
PEQUENA MORTE (Daniel Tomás Quintana)
Trepe minha língua
Qual um molusco faminto,
Pelas encostas escarpadas
Das suas coxas.
Demorando minhas mãos
Aranhas trabalhosas,
Na curva cinital
Das suas ancas.
Levante minha boca naufraga.
Para a jangada tremida
Das suas mamas,
E andar sem tempo,
Sem urgência alguma,
pelo território fértil
Do seu ventre.
E assim morrer de a pouco,
Extinto exausto.
Para aquela morte.
Pequeno brinquedo.
A JOIA (Lou Ange)
A JOIA (Lou Ange)
Se uma mulher deixar você penetrar nela
Se ela abrir seu jardim secreto para você
Se ela te der a chave desse lugar sagrado
Então, ofereça respeito a ele.
Isso não é um ato inócuo
Ou apenas um momento maroto.
Este é um momento muito mais divino.
Você pode provar delicadeza
À ternura da Deusa
À natureza selvagem da tigresa.
Você estará o mais perto do seu coração
Você vai sentir todo o calor dela
Este é um presente valioso.
Seja só uma vez que mil vezes.
Com ou sem sentimento
Por todo o tempo ou apenas por um instante
Lembre-se de ser amoroso.
Isso fará de você um amante.
Um amante digno dos melhores diamantes.
Me divertindo desse momento.
Uma lembrança doce e maravilhosa.
O templo da mulher é precioso.
Ele tem o poder de fazer você viajar no céu.
Ele é paixão, criação, sensações
A fonte de vida e inveja.
Um verdadeiro tesouro.
Uma flor com mil sabores.
SABERÁS O QUE QUERES? (Vera Silva)
SABERÁS O QUE QUERES? (Vera Silva)
Não temas amar-me
Nem receies os calafrios que te provoco.
São meros sentimentos
E o egoísmo fica-te mal.
Sou mulher, sou inteira
E amo-te assim,
De uma forma que jamais entenderás.
Não tentes entrar no azul dos meus olhos
Porque te afogarias.
A tua alma já está possuída
Pelo meu coração.
Mesmo que não queiras!
Não me ouças a dormir
Se te sussurro num lamento
Quando estás aqui
E me viras as costas.
Provocas-me e atiças-me,
Afastas-me.
Saberás o que queres?
Eu sei.
Quero-te a ti!
Não sorrias.
Não sejas convencido!
Não fujas,
Escondida ando eu.
SOU TUA (Vera Silva)
O meu corpo
Tem toque de veludo
Na entrega carnal
Dos afectos
E desejos incontidos
Que não escondo
Atrás de máscaras
De menina decente.
Sou mulher,
Inteira, completa,
E quero-te
Ávido de mim,
Sedento dos meus seios
E ansioso
Pelo roçar das minhas coxas
Que se abrem para te receber.
Completa-me e mistura-te
Com os fluidos lascivos
Que se unificam
Em matéria
Que anseio receber
Dentro de mim.
Vem.
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