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janeiro 09, 2023

SONETO ( POEMA ANÔNIMO - SÉCULO XIX )

 Linda pequena de quatorze estios, 

mas já crescida em corpo e maroteira,

co’a nivea mão de jaspe tão veleira

dez caralhos por noite põe vazios.

 

Com que garbo ela embala os mais esguios!

Como ela afia os grossos prazenteira!

Ó!… Não há quem a branca pingadeira 

veloz tire com modos mais macios!


Um dia arremeteu-a tal furor 

ao sopesar um membro de pau-santo, 

que disse, erguendo as saias com ardor 


e mostrando da porra o doce encanto:

— Mete-mo todo aqui, meu lindo amor

que é pra quando eu casar não custar tanto.