Todos querem saber se os meus
lábios ainda estão cheios dos teus
beijos, se as minhas mãos se abrem
ainda para as tuas nos passeios de
verão. Mil olhos me perguntam se
este corpo que vêem agora assim
amarrotado continua a receber-te
na cama, antes do sono, quando o
pano azul-escuro da noite cai sobre
o mundo e o vento leva as estrelas
para longe de casa. Não lhes conto:
o que há no meu peito é entre nós.