VII
Os seus olhos rompem o silêncio
do claustro, e na noite brilham os
lábios avermelhados, na vontade
de beijos loucos, e no acaso reclamam
os abraços e os amores vários,
e estes traços que se mostram
no seu corpo de ternura
delineiam nos meus olhos fitos
o calor dos afagos, e o aperto nos seios,
e o transpirar constante de corpos nus,
deixe-se e permita-me tirar com beijos
e carinhos muitos a espuma dos lábios
e quero despentear os cabelos
e atirar-me aos seios
modificando suas formas
no hirto da ansiedade e dos desejos,
e grite, apertando-me às suas entranhas
com fogo, e força, e com prazer bastante,
e repouse por fim
no aconchego dos braços,
e não pare,
e não pense, e não parta,
apenas, derrame o beijo da sua boca
para que cubra minha boca novamente…