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abril 05, 2024

NUNCA, NADA, NINGUÉM ( Rosa Berbel )

 Eu me pergunto com quantas dessas pessoas

estaremos novamente ou qual será o nome delas
se terão essa mesma raiva
pelos maus movimentos da vida
ou essa felicidade momentânea
e dourada
que passa pelos parques e pelas mãos
se esse espaço que compartilhamos agora
será outro amanhã se Amanhã
talvez seremos diferentes e nos conheceremos do zero
e não nos lembraremos do momento
em que entramos juntos nestas praças,
da música que tocava naquele saxofone,
daquela criança perdida que chorava no chão
ou a beleza fugaz
dos semáforos
em que todos se beijavam.

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