Nem todo o corpo é carne. Não, nem todo.
às vezes linho, lago, tronco de árvore,
nuvem, ou ave, ao tacto sempre pouco?
E o ventre, inconscientemente como o lodo?
E o morno gradeamento dos teus braços?
Não, meu amor. Nem todo o corpo é carne:
é também água, terra, vento, fogo.
É sobretudo sombra à despedida;
onda de pedra em cada reencontro;
no parque da memória o fugidio