As fotografias que nunca emoldurei,
pérolas de um tempo próximo das pedras,
deixam-se ficar entre jornais, amores e poeira.
Arde comigo a memória do papel dado ao vento.
Da nossa passagem permanecerá
a penumbra das noites seguidas de silêncio.
Incendeia-me na nudez das tuas mãos,
barco sem remos arrancado às areias.