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agosto 11, 2024

XXVI ( Micheliny Verunschk )

 o vestido desaparece

em tuas mãos
não há linhas
nem mais dobras
nem botões
tudo é silêncio e ruína
e o eterno vento da história
que a tudo varre

e no entanto me sonhas novamente
outra noite outra noite outra noite
esta vida que costuramos
em desejo e incompletude

meu nome teu nome
e o que se inscreve
dentro da memória