Quando a alma empalidece,
pelas marcas que o tempo tece,
Não há que questionar a vida.
Aquilo que ficou na curva de um rio,
na beira da estrada,
nos desembarques dos sonhos
Se pudéssemos consagrar cada momento desperdiçado,
nos alpendres das ilusões.
Viveríamos tudo com mais intensidade
Olho a chuva que lava estas vidraças,
e a casa está vazia
Nada além deste pensamento em palavras,
e o fluxo deste instante que se esvai.
Memórias
Este cheiro de tinta fresca, nas velhas paredes,
E estas parecem me ler através das finas camadas
Nestas almas, por estas marcas, e dentro destas camadas
Relembro muitos embarques e desembarques.
Nestas estações de esperas e despedidas
Observo através do intransponível.
Quantos pensamentos por aqui já passaram
Guardo este momento, para os próximos instantes
Entrego-me agora.
E tudo me toca
Sinto o absoluto inteiro,
pelas minhas metades