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dezembro 11, 2016

LEI (Cecília Meireles, in Poemas 1954)

O que é preciso é entender a solidão! 
O que é preciso é aceitar, mesmo, a onda amarga 
que leva os mortos. 
O que é preciso é esperar pela estrela 

que ainda não está completa. 
O que é preciso é que os olhos sejam cristal sem névoa, 

e os lábios de ouro puro. 
O que é preciso é que a alma vá e venha; 

e ouça a notícia do tempo, 
e. entre os assombros da vida e da morte, 
estenda suas diáfanas asas, 
isenta por igual. 
de desejo e de desespero.



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