TUA AUSÊNCIA (Celso Brasil)
Tua ausência deitou-se comigo
Nesta noite de ares enfadonhos.
Tocou minh’alma. Toque incisivo.
Penetrando tocou meus sonhos.
Tua ausência abraçou todo meu ser,
Senti aquela que não mais existe.
Despertou-me friamente ao amanhecer,
Mostrando-me um quarto vazio e triste.
Tua ausência caminhou pela sala.
Encarnou-se em teu belo retrato
No quadro sombrio que deixaras
Na angustiosa saudade emoldurado.
Tua ausência plantou-se no jardim,
Cravando raízes profundamente.
Crescendo ao lado dos jasmins,
Espalhando mais tuas sementes.
Tua ausência pôs música no ar,
Antigos sons que te recordam.
Lágrimas dos olhos a jorrar.
Tempos belos que não retornam.
Tua ausência enfim, presente se fez.
Por todo tempo comigo ficou.
Triste verbo bardo para sempre, talvez.
Neste poeta se incorporou.
Nesta noite de ares enfadonhos.
Tocou minh’alma. Toque incisivo.
Penetrando tocou meus sonhos.
Tua ausência abraçou todo meu ser,
Senti aquela que não mais existe.
Despertou-me friamente ao amanhecer,
Mostrando-me um quarto vazio e triste.
Tua ausência caminhou pela sala.
Encarnou-se em teu belo retrato
No quadro sombrio que deixaras
Na angustiosa saudade emoldurado.
Tua ausência plantou-se no jardim,
Cravando raízes profundamente.
Crescendo ao lado dos jasmins,
Espalhando mais tuas sementes.
Tua ausência pôs música no ar,
Antigos sons que te recordam.
Lágrimas dos olhos a jorrar.
Tempos belos que não retornam.
Tua ausência enfim, presente se fez.
Por todo tempo comigo ficou.
Triste verbo bardo para sempre, talvez.
Neste poeta se incorporou.