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23/09/2017

PRELÚDIOS (Maria de Lourdes Hortas)
Porque sou da terra
preciso da chuva
e para ser verde
de ti tenho sede.

Ó meu amor
faz-me ouvir, apenas.
Sê tu a minha boca.

O orvalho desta rosa
encarnada que sou
quando me desfolhas
e enlanguesces
é a húmida certeza
que te dou
do prazer que em mim teces.

E por estar densa e túmida
plena de amor e alegria
explodi humedecendo
o largo corpo do dia.