A CHAMA SECRETA (Denise Emmer)
Apareço nesta noite como um sol de asas
Venho dos polos desmaiados e das florestas em brasa.
Quando ardo sou uma espécie que agoniza.
Quando sorrio é porque a grande árvore floresce.
Anunciam-me os reis guardados e estamos num gueto.
Mulheres descalças de seios de vento me embalam.
Sou o beijo que elas já não pedem.
O calor de seus ventres sem enredo.
A cidade sonhada, o país estrelado, o lar aquecido,
O primeiro e o último filho.
Sou a lanterna do cão sem olhos.
Novos livros me inventam, revoluções me transformam.
Mas passo pelos corredores do mar.
Como um navio eterno.
E a minha linguagem é a beleza das estrelas.
Que atravessa os séculos.
Sou o menino sagrado que riscou o céu.
Para a paz sem riscos.
a chama secreta que acenderá as lareiras
das casas do inverno.
Venho dos polos desmaiados e das florestas em brasa.
Quando ardo sou uma espécie que agoniza.
Quando sorrio é porque a grande árvore floresce.
Anunciam-me os reis guardados e estamos num gueto.
Mulheres descalças de seios de vento me embalam.
Sou o beijo que elas já não pedem.
O calor de seus ventres sem enredo.
A cidade sonhada, o país estrelado, o lar aquecido,
O primeiro e o último filho.
Sou a lanterna do cão sem olhos.
Novos livros me inventam, revoluções me transformam.
Mas passo pelos corredores do mar.
Como um navio eterno.
E a minha linguagem é a beleza das estrelas.
Que atravessa os séculos.
Sou o menino sagrado que riscou o céu.
Para a paz sem riscos.
a chama secreta que acenderá as lareiras
das casas do inverno.