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30/04/2019

HIMENEU (vinícius de moraes)

Na cama, onde a aurora deixa 
Seu mais suave palor 
Dorme ninando uma gueixa 
A dona do meu amor. 


De pijama aberto, flui 
Um seio redondo e escuro 
Que como, lasso, possui 
O segredo de ser puro. 



E de uma colcha, uma coxa 
Morena, na sombra frouxa 
Irrompe, em repouso morno 



Enquanto eu, desperto, a vê-la 
Mesmo sendo o homem dela 
Me morro de dor-de-corno.