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18/05/2023

AS ROSAS ( Sophia de Mello Breyner Andresen )

 Quando à noite desfolho e trinco as rosas

É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites tranparentes,
Todo o fulgor das tardes luminosas,
O vento bailador das primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.