Dizes agora que eu quis acabar;
que sou culpada dos teus tristes dias;
que não te amei ou não te soube amar;
porém é falsa a teima em que porfias.
Deixavas-me sozinha, a delirar
ciúmes, em loucuras e bravias
crispações; começava a agonizar
o meu amor, e tu nada fazias!
Não querias acabar mas insististe
nesta separação tão longa e triste
e escrevias-me cartas tão banais!
Porque quiseste ser o meu ausente?
se o meu amor já era tão doente