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julho 22, 2024

Ana Miranda, In Prece A Uma Aldeia Perdida

 No tempo em que eu tinha quintal

Foi quando eu era menina
Tinha pai e um desespero
De desbravar este mundo
Mas ele me desbravou
E mansa do coração
Mas brusca na atitude
Na aptidão messalina
Vivendo meus pesadelos
Numa pena e num tinteiro
Ferindo por ser ferida
Perdendo por ser perdida
E encontrada depois
Na barra do meu vestido
Na juventude das coxas
Na inocência esquecida
Nas roxas saias de Deus
Ah quantas vezes fui rude
Ah tantas vezes fui má
Tudo passa tudo passa
Não passa o que eu desejar
A menina tão afoita
A menina tão aflita
Às turras com o destino
Como fosse condenada
A um nunca desistir
Flor de uma obsessão
Flor da paixão ardente