Sentia a borboleta
de asas de fogo
a esvoaçar e pousar
por entre as pernas
na rosa de carne
que principiava
a entreabrir seus lábios
de róseas pétalas
pingando mel
para que você sugasse
e minha alma
desmaiasse, debruçada
na varanda
de uma estrela cadente
porque explodiam sóis
sobre um planeta novo