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julho 20, 2024

De Lília Tavares

 Há mulheres que são as últimas chamas a serem sopradas

sempre que a noite entorpece os corpos.
São nas frias manhãs, a lenha para aquecer as paredes
adormecidas da casa. Desconhecem onde acorda
o calor dos seus braços que alimentam as bocas, estendem
as roupas, amassam a vida e o pão fresco com sorrisos.
Os dias não acontecem sem mulheres que têm na pele
a véspera do cio das abelhas.