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julho 14, 2024

De Armando Freitas Filho

 Eu conheço o seu começo:

                    ponto e novelo,

meada de mel e langor

                     de lentos elos

que a minha língua lambe

              no calor despido,

no meio das suas pernas:

             anéis de cabelos,

anelos e nós se desmancham

          em nada ou nódoa

por todo o lençol do corpo

               nu e amarrotado:

nós aqui somos todos laços

                 e nos rasgamos

devagar – poro por poro;

               rumor de sedas

ou de uma pele toda feita

      de suor e suspiro:

eu soluço a cada susto seu

       que nos dissolve.