São de bronze
os palácios do teu sangue
de cristal absorto
encimesmado.
São de esperma
os rubis que tens no corpo
a crescerem-te no ventre
ao acaso.
São de vento – são de vidro
são de vinho
os liquidos silêncios dos teus olhos
as rutilas esmeraldas que
sozinhas
ferem de verde aquilo que tu escolhes.
São cintilantes grutas
que germinam
na obscura teia dos teus lábios
o hálito das mãos
a língua – as veias.
São de cúpulas crisálidas
são de areia.
São de brandas catedrais
que desnorteiam.
(São de cupulas crisálidas
são de areia)
na minha vulva