De múltiplos espelhos emergiu a fêmea.
Divina e humana.
Estratagema de zeus para ser perverso,
no tempo em que os homens
e os deuses se divertiam juntos.
Era irrelevante acorrentar-lhe os pulsos.
Suas mãos eram aves
ansiosas de voos ousados.
Os ventos, deslumbrados,
soltaram a luz e a sombra
em seus dedos que, sem pudor,
destaparam o vaso da inocência.
A palavra culpada enroscou-se-lhe
no corpo como um estigma sem fim.
E apenas bem no fundo dos seus olhos
permaneceu, para sempre, a esperança