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fevereiro 23, 2017


EM LUME BRANDO (Susana Maurício)
Beijos de ternura em lume brando.
Em carícias, suas línguas brincavam,
e seus corpos incendiavam.
Em ritmo lento se mantinham,

fazendo permanecer as delícias

das carícias que ambos trocavam.

Cada recanto de seus corpos conheciam,
e neles esses pontos um no outro
sensualmente percorriam.
No mesmo ritmo, gradualmente aceleravam,
pois o sangue nas veias loucamente corria.

Ele sussurrava-lhe ao ouvido,
palavras ternas, provocadoras, intuitivas.
Ela não deixava por mãos alheias,
desse mesmo jeito o desejo dele atiçar.

Amavam-se. Queriam-se. Desejavam-se.
Sabiam quando o explodir do vulcão
estava iminente a erupção,
e o prazer em ondas de volúpia,
os conduzia à apoteose,
do orgasmo sentido como terapia.

Suas entranhas fecundadas pelo mel da vida,
resplandeciam, com um frémito e gemidos,
a dois em simultâneo sentido.
Por momentos permaneciam assim unidos,
para depois no calor do abraço
ficarem no repouso adormecidos.

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