MADREPÉROLA (Judas Isgorogota)
(para Jayme d′Altavilla)
Guardas no seio teu, em teu ventre fecundo,
Todo o aljôfar sutil dessas manhãs de estio
Que se soltou dos céus e em teu bojo alvadio
Foi bênção exaurir do desprezo do mundo.
E na grata missão, nalma do azul profundo,
Foste a busca da paz, da vanglória, do brio.
E ora volvendo à flor e ora descendo ao fundo,
Dominaste o tritão, venceste o mar bravio.
E eu, pescador audaz, para a labuta infinda
Fui buscar-te, infeliz, em teu supremo exílio.
Mas, à dor que me vem, lá voltarás ainda.
Pois, quisera eu viver nas profundezas cérulas
Do mar, nalma guardando esta quimera linda,
E a saudade de alguém na lucidez das pérolas!
Guardas no seio teu, em teu ventre fecundo,
Todo o aljôfar sutil dessas manhãs de estio
Que se soltou dos céus e em teu bojo alvadio
Foi bênção exaurir do desprezo do mundo.
E na grata missão, nalma do azul profundo,
Foste a busca da paz, da vanglória, do brio.
E ora volvendo à flor e ora descendo ao fundo,
Dominaste o tritão, venceste o mar bravio.
E eu, pescador audaz, para a labuta infinda
Fui buscar-te, infeliz, em teu supremo exílio.
Mas, à dor que me vem, lá voltarás ainda.
Pois, quisera eu viver nas profundezas cérulas
Do mar, nalma guardando esta quimera linda,
E a saudade de alguém na lucidez das pérolas!