CONFISSÃO (Nara Rúbia Ribeiro)
Sou devedora da humanidade inteira.
Por isso, toda a dor do mundo me pertence
E não há sangue humano que não seja meu.
Sei, contudo,
Que não tenho olhos de medir
As engrenagens do tempo.
Aquilo que o eterno engendra
Não cabe na minha agenda.
E Ele me empresta os passarinhos
E a ternura das estrelas mortas.
Então caminho em paz pela vida,