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25/07/2017

SEDE (Nara  Rúbia  Ribeiro)
Não é a água
que me dá a vida.
É a sede.
Já não podes ser a fonte
que sacia e reabastece
o lago profundo
que sou.

És minha sede.
Sei,
teu peito encerra vasos alados
transbordantes de sonho e de azul.
Mas
é no calor dos teus lábios
que sinto o gosto orvalhado do sol.