Palavras doces de prazer, desejo, amor e soberba.
Espalhadas, difusas em todo o meu corpo.
Fogem-me da ponta dos dedos das minhas mãos ébrias.
Pingam algo que não sei ainda o que é, mas espero beber.
Roda-viva, cores, amores pessoas e álcool
Moças lindas, rolam, rebolam, amaçam
Ao fundo, a diva! O alvo, o objectivo, atractivo. Divinal!
Eu quero, ou em sonho se ou mundo real
A musa ao cimo que se mexe como o vento
Sinto, por isso sei que existe, o vento!
Dança, intensamente! Mexe, encanta como uma serpente
Eu vejo ou imagino mas com o corpo dela deliro
Se sonho, que adormeça, se existe volta a mim.
Sinto-me no poder, sinto que te quero ter
Sou capaz diz-me onde estás
Que na ponta dos dedos tenho o toque que pedes.
Na mão ébria o desejo que procuras
E no corpo inteiro o líquido que queres beber
Dança não pares, que no teu balanço encontro
o cheiro que me leva a ti.
Sinto que és real e não um mito, e eu não acredito em amor platônico
Por isso torna-te minha hoje, e amanhã vai.
Se te mostras, procuras alguém e deixa-me mostrar-te, um toque único
Beija-me, não és deusas mas hoje a minha musa, amanhã não sei.
Censura-me, oh tu de longe!