Seguidores

02/01/2018

ENLACE (Cecília Vilas Boas)
Balanço no impulso brando do divagar
Dou colo à lua que me ilumina o sonhar
Doce balançar este triste almejar
A vida enlaça, desenlaça, sem pudor
A melancólica utopia do amor
Encontro-me, desencontro-me
Nas marés que desenham o receio
Cogita a esperança na brandura do cume
E logo que clareia o dia
A tua boca volta à minha, morna, sensual

O teu abraço alimenta-me em cada alvorada
O meu corpo cede ao teu, neste tempo de ser nada
Reencontro-me desfragmentada
Num areal povoado de gaivotas
Banhada pelo mar que me beija a boca.