Nesta esquina do tempo é que te encontro,
Ó nocturna ribeira de águas vivas
Onde os lírios abertos adormecem
A mordência das horas corrosivas.
Entre as margens dos braços navegando
Os olhos nas estrelas do teu peito,
Dobro a esquina do tempo que ressurge
Da corrente do corpo em que me deito.
Na secreta matriz que te modela,
Um peixe de cristal solta delírios
E como um outro sol paira, brilhando,