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setembro 15, 2024

AMOR ( Carmem Salamanca )

 Só porque meus seios cabem

em suas mãos não significa que
nascemos para nos amar.

Nem que minhas coxas
se adaptem como
peças de um quebra-cabeça à sua cintura.

Amo minha história de você,
guardada com amor em suas membranas,

Adoro despertar de você,
guardião do meu sonho, seu peito côncavo.

Amo meu futuro de você,
um caminho pavimentado à luz dos versos.
E não tenho palavras de consolo,
se quisesse vibrar nas tuas carícias,
se quisesse,
apoiar-me-ia no
bordo obtuso dos teus lábios,
e como faz a pele, entre tremores
perder-me-ia no vale sonoro dos teus voz.