Mordo-te como quem te afaga
para que sintas o nascimento das plantas.
Beijo-te enquanto adormeces
percorrendo teus cabelos, tuas nádegas, teu rosto,
teu sexo.
Desamarro grilhões e ferroadas de vespões
enquanto as primeiras chuvas me vão despindo
na arena de todas as gargalhadas.
Exilada de ti, do caos que me habita o cérebro e os quadris
vou mar adentro com a poesia escrita em cadernos de miúda, serenidade entre os seios e a alma,
o Amor e o desdém.
Exemplarmente nua de mim
e do assassinato de todas as plantas.