Há pranto
Há flores
murchas
esmagadas
pelos opressores
num mundo
cruel para Mulheres.
Calcinhas acorrentadas
ao pescoço
furtam-nos
a essência
à luz do dia
Se resistirmos
estoiram o útero
e lançam na sargeta do mundo.
Nas montras das ruas
Jazem flores
murchas,
nuas e ensaguentadas
Chacinadas, e descoroadas
Era uma vez
Mulheres
que apenas
Queriam ser Mulheres
num mundo cruel