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dezembro 30, 2016

SEMPRE (Paulo Neruda)
Ao contrário de ti 
não tenho ciúmes. 

Vem com um homem 
às costas, 
vem com cem homens nos teus cabelos, 
vem com mil homens entre os seios e os pés, 
vem como um rio 
cheio de afogados 
que encontra o mar furioso, 
a espuma eterna, o tempo. 


Trá-los todos 
até onde te espero: 
estaremos sempre sozinhos, 
estaremos sempre tu e eu 
sozinhos na terra 
para começar a vida.


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