Por tanto atearem as brasas
deste fogo
que trago ao peito
é que faço soar no ar chicotes
sendo mais “artefácio” que artifício!
Mordo se for preciso cicatrizes e inquietação
proíbo-me ao sangue e à putrefacção.
Ide abutres, ide!
Mas é neste louvor à chuva que cai
e nos temporais que renasço inteira,
firme, absolutamente louca e feliz,
porque não?
Hoje chove.
A uterina noite abraça-me com uma ternura de mãe
enquanto permaneço no varandim
olhando-a.