Silêncio!
A mão nervosa e palpitante o seio,
as névoas nos meus olhos condensadas,
com um mundo de dúvidas nos sentidos
e um mundo de tormentos nas entranhas,
sentindo como lutam
em sem igual batalha
imortais desejos que atormentam
e rancores que matam.
Molho no próprio sangue a dura pluma
rompendo a veia inchada,
e escrevo, escrevo, para quê? Voltai
ao mais fundo da alma,
tempestuosas imagens!
Ide a morar com as mortas lembranças!
Que a mão trêmula no papel só escreva
palavras, e palavras, e palavras!
Da ideia, a forma imaculada e pura,
onde ficou velada?