Trago nas mãos
palavras prenhes
de ousadia.
Emaranharam séculos
sobreviveram corpos
fogueiras de inquisição
mas é nas artérias
que se rasgam véus
e explodem lavas,
lavradas pelo capricho do tempo.
Se permito que te aninhes no meu néctar
e me devores
é apenas porque a sacerdotisa do templo
sorri,
e urge morrer em ti,
num delírio selvagem de corpos
sémen, odores, gargalhadas, lágrimas
um grito!
Só assim renasço meu amor.