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fevereiro 11, 2017

DAFNE (Simone  Teodoro)
Por um tempo
habitei no cerne de uma
estranha palavra

Do meu ventre se ergueu
imponente Sequoia Gigante

Avançou
expandindo os espaços entre
os ossos
rumo aos pulmões
e garganta

Explosão de ramagens nos cabelos
Flores breves
Esboços de vento e pólen

Ao redor
cada despencar de fruto
ocultando podridão

Me tornei alta
e plena de antiguidades

A cortiça
matéria morta que me reveste
o tronco
é o que retém em mim
a umidade

Tanta vida se agitando
por dentro
que definha
na superfície da casca.