A Paz é mulher que respira
e essa inalação guarda o ar que nos contém.
Ela
com seu clitóris aberto no amanhecer da alucinação
nos faz andar descalços pelas arestas da morte
flertando com esperança.
Suas mãos são de montanha e gente
Seu fogo reflete a dança dos dias entre as ideias que emergem.
É ventre que se embala em ziguezague
Cordão de prata que nos conecta
Somos enquanto ela existe
Verde é o seu corpo que dança entre o possível
Trânsito é o seu sorriso de água sobre as rochas
A paz é mulher nômade
agitando o néctar entre os sulcos que dividem
para abrir caminhos
descongelar o corpo
dilatar a mente