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17/05/2025

SAFO À TARDE ( Marize Castro )

 Às 2h45 da tarde

não escrevo
não durmo
não como
não bebo
não luto
abro janelas
— leio Safo.
Coloco minhas mãos
sobre a minha antiga alma
e a puxo para mim:
eu a ensinei a beijar
ela me ensinou
a morrer.