Seguidores

julho 15, 2024

TURBA ( Maiara Gouveia )

Da saliva quente, o primeiro vulto.

Ao redor das omoplatas sibila o segundo.

Ascende da nuca.

 

Do baixo-ventre o terceiro pula.

Num volteio ímpar constrange a cintura.

 

No instante em que o quarto surge do artelho,

sob o frêmito, vem a turba.

 

Os olhos sucumbem nas dobras do corpo.

A língua, na frincha.

E a face turva.