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julho 15, 2024

DESENCANTO ( Maiara Gouveia )

As mesmices cotidianas desmoronam

quando estamos juntos.

 

Parece que o tempo para e averigua

que cintilamos de volúpia.

 

Consumidos pela alegria de trazer à tona

um prazer legítimo

que não se repete em mil eras.

 

De repente, depois da viagem,

voltamos a nos ver entre os limites das paredes:

 

nossos corpos não vêm mais com paisagens,

ou entre nuvens de luz furta-cor e néon.

 

Já não somos deuses.