A criatura humana deixa-se encantar pelo colorido da cena
Pelas personagens amorosas da sedução aparentemente plena
E distancia-se do estado de plenitude do Eu
Como união de ambiguidades
Pois somos o todo que arrasta consigo a união dos opostos
Numa erupção de vivências e incandescências
Multiplicidades de sentires e irreverências
Devíamos sentir-nos simples como a água do mar
Lamber as lágrimas salgadas num misto de dor e prazer
De quem sabe que a vida é ilusão aparência de Ser
Porque vibra uma ligação inquebrável entre os humanos
Que acontece em forma de grito de união
Porque a separação só a sente quem não dialoga com o espelho
Quem não se sente genuíno e transparente