Dos teus olhos
brotam lampejos de metáfora.
Não me espanto.
Corro o risco
de delinear essa zona.
Pura geometria.
Inevitavelmente pincelo teus labirintos
capturo tuas utopias.
Para tanta cumplicidade
não há mais limite.
Onde retomar o desejo?
Talvez reinventando o mistério
disperso na noite
peregrino de sexos, línguas e coxas.
Pensando em ti
às vezes de mim esqueço.
Retardo todos os regressos
e me limito
a sair do páreo, pela sombra.