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01/06/2025

ELA VEIO VESTIDA DE SEDA ( Rita Medusa )

 ela veio vestida de seda

como eu insisti
Apaguei o cigarro no uísque dela
rasguei a parte de cima do vestido
trajada com uma agonia de desejo
eu sabia que não havia lingerie
disse em sussurros

dança pra mim
encaixa teu corpo nos meus dedos
Deixa tua umidade me ensinar
a dançar

Mulheres!
eu mataria tudo por elas
pela minha futura esposa
minhas filhas, minhas netas
minhas putas, minhas irmãs
minhas leitoras, minhas musas
minhas reclusas
que nunca sonharam ser minhas

Dançávamos eu atrás dela
Segurando suas tetas e me encaixando onde inventava
parecíamos um quebra cabeça
descobrindo ligações descabidas
eu sorvia o licor do pescoço dela
como um vampiro recém apresentado
a uma fome escrava
me perdi beijando o corpo dela
me arranhava as costas enquanto eu era dominada com o aroma dela
de amora apocalíptica
e dama da noite
Com a cabeça no meio das pernas dela
eu juraria fidelidade doentia eterna
ao mais desesperado penar
com uma dose cavalar de confusão cotidiana
Gozou na minha boca
fugiu, se vestiu, se maquiou
– até a próxima querida!
– não caia nas escadas com esses saltos canalhas.
– não, eu volto pra ter fazer miseravelmente feliz.

quero gritar : não volte nunca mais
mas ela é minha heroína
Banquete dos sentidos
corre perigo comigo
se uma única noite pudesse
deitar a cabeça no colo dela
chupando os seios de sua imensidão
eu poderia dizer que sim
para o crime mais medonho