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11/06/2025

FRAGILIDADE ( Maria F. Roldão )

 No cesto das conquistas

coloco ovos de luz e ébano.
As dores bem arrumadas ao centro
e à volta o cansaço, em calibre mais pequeno.
No cimo, ervas de respostas,
em jeito de resguardo,
evitando que o pulso dispare outra vez.
 
Disponho camadas de ócio:
ferro das manhãs quezilentas.
Um papel vegetal de prudência.
 
E na asa tantos destemperos
que a mão mal consegue unir-se,
tão febril e trémula. Cheia de pavor
d’estilhaçar a vida.