obstinada
a mente executa o transporte
do sangue
rumo ao sexo
e parece que o que rodeia
respira úmido e quente
e a flor se abre
para receber o delírio
e dançar com o vento
posso ser teu pólen?
o tremor anuncia
que se vai desmaiar
de tanto desejo
só quero estar
de quatro pro mar
e não sentir nada
além do impacto
da compassada penetração
auroras nervosas
infiltram minha carne
rumores de um gozo celestial
a mais doce
e louca navegação
será dentro das nossas veias
deito a língua na cabeça rosada
e passeio com volúpia
Fecho os olhos pra te ver
posso ser teu eclipse?
não me faça correr
ou vou deslizar no mel
que pulsa na minha buceta
não vá devagar
quero meter
até sangrar
minha pele agoniza
corpos macios entrelaçados
gemidos interrompidos
pela respiração ofegante
o pau crescendo
na minha mão
como um milagre
que inunda a cama
dos que queimam
nem tão